No último domingo, 23 de abril, Rexona-Sesc (RJ) x Vôlei Nestlé(SP) disputaram a grande final da Superliga Feminina de Vôlei. Foram 154 partidas e seis meses de disputa para que o campeão brasileiro de voleibol feminino fosse conhecido. E diante de um público de 12.532 pessoas, que compareceram à Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a equipe do Rexona Sesc (RJ) conquistou seu 12ª título da principal competição do vôlei feminino nacional. O jogo teve cinco sets, com parciais de 25/19, 22/25, 25/22, 18/25 e 15/6 favoráveis à equipe carioca, disputados em pouco mais de 2h 20 minutos de jogo. Foi a 13ª final consecutiva do Rexona Sesc (RJ) na competição, e a 11ª vez que as duas equipes chegaram à decisão do campeonato. A partida marcou o oitavo título carioca, contra três do time de Osasco na Superliga.
A equipe do Rexona Sesc(RJ) se mostrou soberana durante todo o campeonato. Nas fase de classificação, por exemplo, a equipe disputou 22 jogos, e perdeu apenas uma partida. Foram 61 pontos, 65 sets a favor, e impressionantes 16 sets perdidos. Onze partidas vencidas por 3 sets a 0, sete jogos com triunfos por 3 sets a 1, e três partidas vencidas no tie-braeak. A única derrota do Rexona Sesc(RJ) também foi no tie-break, durante a fase de classificação. Na nona rodada, a equipe de Bernardinho foi derrotada justamente pelo adversário da grande final. O Osasco Vôlei Nestlé(SP) bateu o Rexona Sesc por 3 sets a 2, em jogo disputado na cidade de Osasco.
Nos play-offs a supremacia apresentada pela equipe do Rexona Sesc(RJ) durante a fase classificatória foi mantida. Nas quartas-de-final da Superliga, o Rexona bateu o Pinheiros por 2 jogos a 0, na disputa melhor de três partidas. Com isso, chegou às semifinais da competição, para enfrentar a equipe do Camponesa Minas. Nesta etapa, o time carioca enfrentou muita dificuldade, tendo em vista que superou as adversárias mineiras por 3 jogos a dois na série, chegando a grande final. E a partida final da Superliga seria contra o único adversário que conseguiu vencer o Rexona Sesc(RJ) na competição: o Osasco Vôlei Nestlé(SP).
As jogadoras do time do Rexona Sesc(RJ), além do título em equipe, também foram premiadas individualmente. A ponteira Drussyla, do Rexona-Sesc, por exemplo, foi escolhida por votação popular, a melhor atleta da partida final.
Drussyla, ponteira de apenas 19 anos “No Tiebreak era agora ou nunca” Foto: Ivan Marconato / Rádio Poliesportiva
A jogadora, de apenas 19 anos de idade, estava muito emocionada com a conquista, principalmente por conta do que a equipe apresentou no tie-break da decisão. “Oscilamos muito durante a partida, mas no tie-break, que era o último set da temporada, era a hora do agora ou nunca, e esse sentimento da equipe nos fez chegar ao título”; contou Drussyla
Outra fundamental atleta carioca na partida final foi Juciely. Ao contrário de Drussyla, a central de 36 anos é muito experiente, e ao final do jogo contra o Vôlei Nestlé Osasco, fez um resumo de todo o campeonato. ” Foi uma campanha bacana, chegamos bem na fase play-off, e sabíamos das dificuldades nas quartas e nas semifinais. Sempre acreditamos que a conquista viria. Além disso, no jogo final prevaleceu o poder de Bernardinho em motivar a equipe, e após a derrota do quarto set para o tie-break. Ele nos disse: São só mais 15 pontos, que valem toda uma temporada”; explicou Juciely.
Roberta, levantadora do Rexona Sesc (RJ) também estava com a sensação de dever cumprido. Muito emocionada, ela também creditou a conquista a um responsável: o técnico Bernardinho. “O Bernardo é dessas pessoas que nos inspiram, e nos coloca na cabeça a ideia de sempre querermos mais. Ele exige ao máximo de nós, e vai continuar exigindo. Ele é demais e sempre quer o melhor. Claro que as cobranças fazem parte do processo, mas em compensação ele também é um paizão, e tudo que ele cobra tem um porquê”; justificou a levantadora do Rexona.
Bernardinho: “Foi uma vitória fantástica que coroou o título” . Foto: Ivan Marconato / Rádio Poliesportiva
Bernardinho, treinador da equipe, também ressaltou a importância da conquista, e descreveu as dificuldades do Rexona Sesc (RJ)ao longo de toda a Superliga. Ao final do jogo, Bernardinho agradeceu a parceria e o comprometimento dos patrocinadores da sua equipe.
“É tão difícil conseguir superar um jogo como esse no tie-break, então, foi uma vitória fantástica que coroou o título. Agora, ao final desta temporada, agradeço do fundo do meu coração por tudo que a Unilever fez por nós ao longo desses 20 anos. Foi uma empresa que possibilitou o desenvolvimento de tantos jovens de qualidade. É um parceiro do voleibol brasileiro que tem que ser reconhecido”, afirmou Bernardinho ao site oficial da Superliga.
Foto de capa: Ivan Marconato / Rádio Poliesportiva
Matéria de Ivan Marconato.
Jornalista profissional diplomado desde 1998, e pós graduado em Jornalismo esportivo e negócios do esporte. Atua em webrádio desde 2012. Já trabalhou em jornal de bairro, e por 10 anos na NET Serv[...]
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