Ex-jogadora, lenda do basquete do Brasil, campeã mundial em 1994 e mais recentemente Vice-Presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Magic Paula concedeu entrevista exclusiva à Poliesportiva para falar sobre os novos desafios pós-carreira.
Por: Eric Filardi, de São Paulo.
Antes de mais nada, a CBB já se prepara para um Brasileirão Feminino com 40 equipes interessadas para o início já no segundo semestre. Assim, mal chegou no comando da confederação e já é possível ver mudanças na forma de tratar o basquete feminino. De fato, Magic Paula não caiu de paraquedas na gestão. Portanto, com cerca de duas décadas em tal função, falou sobre o que a motiva para, depois deixar um legado como atleta, seguir fazendo o basquete crescer, agora como gestora:
“Motivação jamais me faltou e este convite para trabalhar pelo basquete chega em um momento que considero importante para enfrentar este desafio. Muito mais do que ser VP, o que brilhou meus olhos foi a chance de construir junto com a comunidade do basquete feminino um plano a longo prazo, além do perfil do presidente Guy (Peixoto) e sua equipe”, contou a ex-atleta.
Primeiramente, Paula é bastante otimista quanto a ideia de fazer o basquete feminino crescer. A princípio com o investimento na base, trazendo valores para a nova geração do basquete nacional. Bem como analisa um cenário promissor para fazer o diferente:
“Quando falo diferente, é ter a coragem de mudar e uma das principais ações é preparar a nova geração. Precisamos voltar a fazer parte da elite e isso exige tempo, trabalho e planejamento. As ações não podem se resumir somente no preparo das seleções de base e adulta, é preciso mapear quem faz e onde estão as pessoas que hoje trabalham com basquete feminino”, relatou a gestora.
De antemão, divulgou também o lançamento do Campeonato Brasileiro de Basquete Feminino com jogadores de até 23 anos, com apenas três adultas no time. Dessa forma, a maneira diferente de enxergar o cenário do basquete feminino contou com o apoio de 40 equipes:
“Neste momento lançamos a ideia de ter um Campeonato Brasileiro de Basquete Feminino com atletas até 23 anos. Tivemos a primeira reunião com a participação de 40 equipes interessadas, foi uma grata surpresa. Temos mais 40 meninas estudando e jogando no basquete americano, outras 20 nos campeonatos europeus. Isso nos anima muito, mas sabemos que milagre não existe e construir junto este cenário é fundamental. Mas minha participação vai agregar a partir do momento em que podemos ter alguém dentro da entidade cuidando exclusivamente do feminino“, expressou Magic.
Foto destaque: Reprodução / NSC Total
Quando pequeno quis ser jogador. O sonho de criança passou. Uma vida nova me cativa. Bem-vindo a rádio de todos os esportes. Bem-vindo a Rádio Poliesportiva. Sou Eric Filardi, paulistano de 28 anos[...]
229 posts | 0 comments
https://bit.ly/EricFilardi