Assim, a Nascar apresentou o calendário para a temporada 2021 repleta de novidades. E são essas mudanças que abordamos nessa coluna. De fato, são inúmeras mudanças, algumas delas contra a tradição e outras, tentando resgatar experiências bem antigas.
Por: Francisco Brasil, de Rio Bonito, RJ – Planeta Velocidade
Diferentemente das colunas anteriores, vamos começar respondendo diretamente o tÃtulo dessa coluna. Afinal, o calendário anunciado mais agradou ou desagradou? No entanto, a resposta dada, principalmente considerando os fãs brasileiros, é que o calendário não agradou. Mas por quais motivos? É o que tentarei sintetizar. Além disso, tentar expor os motivos para tais modificações.
Tendo em vista que 2020 foi um ano atÃpico, onde o calendário foi ajustado de acordo com a pandemia da COVID-19, iremos nos basear em 2019:
Para 2020, a mudança mais significativa seria a etapa final, que mudaria de Homestead-Miami para Phoenix, no Arizona, o que foi respeitado, da mesma forma que as etapas que compõem a fase de playoffs.
Agora vamos analisar o calendário 2021:
Nascar 2021 – Calendário. Fonte: Reprodução / Nascar / Twitter
Ademais, como vimos, as principais alterações são a adoção de uma etapa em pista de terra no circuito de Bristol, além de uma segunda corrida no mesmo oval em seu piso original.
Entretanto, o maior descontentamento dos fãs foi a saÃda dos ovais de Chicagoland e Kentucky para a entrada de mais pistas mistas. No total, a categoria passou de três para seis traçados com curvas para os dois lados. Sete, se contarmos o Clash que é a etapa festiva que abre o calendário.
Nesse cenário, as entradas (que não foram muito bem vista pelo público) foram:
Ademais, as pistas citadas se juntam a Watkins Glen, Sonoma (Califórnia) e ao Roval de Charlotte. Sendo que essa última pista se mostrou muito competitiva, tanto que continuará na fase de playoffs.
Apesar do acréscimo de traçados mistos, outra novidade (que agradou) foi a adição do oval de 1,33 milhas em Nashville, Tennessee. A etapa substituirá uma das provas de Dover, que atualmente recebe a categoria duas vezes por ano.
Além disso, como mencionado no inÃcio deste texto, temos a prova “Dirt” (suja) em Bristol. O coliseu manterá duas datas no calendário, sendo a primeira com seu pavimento coberto de terra. Aà você pergunta: terra? Para os carros da Nascar? Sim, terra. De fato, uma volta as raÃzes. A Nascar começou nas areias de Daytona Beach, e até hoje suas categorias de base contam com ovais de terra.
Tanto que uma das provas mais aguardadas da Truck Series – divisão nacional de pickups – é Eldora. A pista de terra, que pertence a Tony Stewart, é uma etapa especial e que revela vários talentos, como Kyle Larson.
Com todos esses pontos analisados, pensamos: essas mudanças são boas ou não? Não sabemos. O que temos certeza é que, se as mudanças não surtirem o efeito desejado, ou não agrade de forma contundente os fãs, a Nascar voltará atrás.
Porém, vamos dar uma chance. Um calendário diversificado como o de 2021, será bom para provar que os pilotos da Nascar não viram só para a esquerda (o que já é bem complicado). Além disso, será avaliado se garantirá a emoção para os mais diversos públicos. Às vezes, a mudança não é necessária, mas quando ocorre, percebemos que são fundamentais para melhorar o que já era bom.
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Foto destaque: Reprodução / Nascar / Twitter