Alfredo, atacante do Paysandu, não conseguiu evitar a derrota do “Papão”. Foto: Jorge Luiz/Paysandu
No dia do goleiro, Santos e Paysandu duelaram na Vila Belmiro, pelas oitavas de final da Copa do Brasil e o torcedor do “Peixe” sofreu com a demora, mas saiu com a vitória no segundo tempo pelo placar de 2 a 0. O time da baixada, diante de sua torcida, mais precisamente 6.266 pagantes, conseguiu quebrar a invencibilidade de 15 jogos do “Papão da Curuzu”. A série invicta do “Papão” era a maior entre todos os times das séries A, B e C do Brasileirão. A equipe da Rádio Poliesportiva esteve na Vila Belmiro e trouxe todos os detalhes e emoções da partida, com a narração de Ramoni Artico, os comentários de Gabriel Manzini e os comentários de Rafael Régis.
O Santos, do técnico Dorival Júnior foi a campo com: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Matheus Ribeiro (Copete); Renato, Thiago Maia e Lucas Lima (Vladimir Hernandez); Vitor Bueno (Arthur Gomes), Bruno Henrique e Ricardo Oliveira.
Já o Paysandu, que buscava surpreender o Santos, entrou com um esquema defensivo, para aproveitar os contra-ataques. O time comandado por Marcelo Chamusca foi escalado com: Emerson; Ayrton, Perema, Gilvan e Hayner; Augusto Recife, Wesley e Rodrigo Andrade (Diogo Oliveira); Leandro Carvalho, Bérgson e Alfredo (Leandro Cearense).
O jogo começou com um Paysandu muito fechado e com um Santos tentando trabalhar a bola, para achar espaços vazios e em busca de abrir o placar, mas a equipe da baixada ainda jogava um futebol morno, com toques laterais, assim criou muito pouco, por conta da falta de velocidade e com muitos passes errados de curta distância. Estes detalhes fizeram o Papão acordar e a gostar do jogo. Assim, o time visitante passou a se arriscar nas jogadas de com Leandro Carvalho, que fez o goleiro do Santos, Wanderley, trabalhar aos 30 minutos do primeiro tempo, após falha do zagueiro David Braz, que deixou o atacante do Paysandu cara a cara com o guarda metas do Peixe, mas arqueiro santista cresceu na frente do atacante do time paraense e afastou o perigo dali.
A etapa inicial foi se aproximando do fim e o Santos continuava a ter dificuldades para chegar ao gol de Emerson, do Paysandu, que começou a trabalhar somente aos 42 minutos da primeira etapa, após Bruno Henrique fazer boa jogada pela esquerda do ataque, obrigando Emerson a fazer boa defesa. No minuto seguinte o próprio Bruno Henrique chegou com perigo novamente e tocou para Ricardo Oliveira arrematar para o gol, mas com o perigo afastado outra vez pelo goleiro Emerson, que pouco sujou o uniforme no “Dia do Goleiro”.
Bruno Henrique era o único jogador que conseguia chegar ao gol do Papão com mais perigo e era o jogador mais efetivo do alvinegro, na primeira metade do jogo. Ao término do primeiro tempo, o time do Santos saiu vaiado pela sua torcida, por não apresentar objetividade nas jogadas ofensivas e pelo perigo com que o Paysandu chegava, por conta dos erros defensivos de Lucas Veríssimo e David Braz. Vitor Bueno foi o destaque negativo do primeiro tempo e um dos mais cobrados, pois não conseguia trabalhar a bola no ataque e irritava a torcida do Santos, na Vila.
Com a vitória, Santos abre ótima vantagem para o jogo da volta. Foto: Ivan Storti/SantosFC
O Papão iniciou começou atacando e logo no primeiro minuto chegou com perigo ao gol de Wanderley. Mas o Santos tratou de responder rápido e, aos três minutos, a história do jogo começou a mudar, pois Bruno Henrique cortou para o pé direito na entrada da área marcou o primeiro gol do Santos no jogo, tirando o zero do placar com um belíssimo gol, em que, após o arremate feito de fora da área, a bola entrou no ângulo de Emerson, sem chances de defesa.
Com o gol nos primeiros instantes, o Santos passou a se soltar no jogo e as jogadas começaram a ter mais fluidez e, além da posse de bola, a equipe santista chegava com mais agressividade ao ataque. O gol do Peixe foi um banho de água fria para o Paysandu, que acabou se retraindo no jogo, passando a atacar bem menos do que na etapa inicial. Em torno dos 25 minutos do segundo tempo o jogo deu uma esfriada, pois o técnico do Papão, Marcelo Chamusca, pediu para o time se fechar, após perceber que seu time estava cansado fisicamente.
Porém, mesmo com o time do Pará fechado, aos 44 minutos da etapa complementar, após bom cruzamento de Vladimir Hernandez, Copete subiu de cabeça e ampliou o placar, melhorando a condição da equipe santista para o segundo jogo, que será, agora, na casa do Paysandu.
Agora, com a vantagem conquistada em casa, o Santos fará o jogo da volta no próximo dia 10, em Belém. Mas, virando a chave de competições, a hora é de pensar na Libertadores para o Santos. O alvinegro praiano receberá, no dia 4 de maio, a equipe do Santa Fé, da Colômbia, no Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu). Já o Papão da Curuzu terá tarefa importante neste domingo, às 16 horas, no Mangueirão, pois enfrenta seu arquirrival Remo, na disputa da final do Campeonato Paraense.
Por Gabriel Max